sábado, 12 de fevereiro de 2011

Governo do Amazonas amplia em 60% investimentos em Educação.

Foto: Chico Batata / AGECOM-AM
Centro Educacional de Tempo Integral Áurea Braga, na Compensa, recém-inaugurado pelo Governo do Estado
O Governo do Amazonas planeja investir cerca de R$ 1,6 bilhão em educação básica, em 2011, conforme a previsão orçamentária. A estimativa de investimento é 60% maior que os gastos no setor em 2010, na ordem de R$ 1 bilhão, segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seduc). Os investimentos levam em conta um plano audacioso do governador Omar Aziz que estabeleceu como meta de sua administração colocar o Amazonas entre os primeiros colocados no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).
"Tivemos avanços nos índices de educação nacional nos últimos anos, mas precisamos ir além, porque acredito ser a Educação o único caminho para conseguirmos o desenvolvimento e melhoramos ainda mais a qualidade de vida do povo?, afirmou o governador.
O Ideb é a nota do ensino básico no país. Numa escala que vai de 0 a 10, o MEC fixou a média 6, como objetivo para o país a ser alcançado até 2021. O indicador é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar e médias de desempenho nas avaliações do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Saeb - para os Estados e o Distrito Federal, e a Prova Brasil - para os municípios.
De acordo com o Ideb 2009, divulgado em julho do ano passado, pelo Ministério da Educação (MEC), mesmo não conseguindo atingir o índice proposto na meta nacional, o Amazonas ficou entre os três Estados que mais cresceram no ranking de evolução do Ensino Médio e o 6º no Ensino Fundamental de 5ª à 8ª série. Houve evolução em todos os níveis, como no Ensino Fundamental até a 4ª série, no qual o Estado passou a figurar em 11º lugar no ranking nacional. Além disso, em 2010, o Amazonas ficou entre os Estados que mais avançaram na redução do analfabetismo. A meta dos Objetivos do Milênio, da ONU, que era reduzir, até 2015, para 5% o índice de analfabetos, foi antecipada, segundo dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre 2005 e 2009, a nota do Amazonas no Ideb saltou de 3,1 para 3,9 nas séries iniciais do Ensino Fundamental (até a 4ª série), de 2,7 a 3,5 nas séries finais do Ensino Fundamentais (5ª a 8ª série) e de 2,4 para 3,3 no Ensino Médio. Outros indicadores, segundo o secretário estadual de Educação, Gedeão Amorim, apontam para a melhoria da educação no Amazonas. Em 2010, 55% das vagas no Processo Seletivo Contínuo (PSC) da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) foram para alunos da rede estadual. Este ano, subiu para 60%, incluindo vagas para os cursos de Direito e de Medicina, historicamente os mais concorridos.
Segundo Gedeão, um exemplo de que a meta do MEC está ao alcance vem da Escola Estadual Dom Bosco, de Eirunepé, que obteve 8,7 no último Ideb (Ensino Fundamental até a 4ª série), quando a média nacional foi 4,6. Outra que se saiu bem foi a escola São José, de Fonte Boa, com nota 8,4. "Com os investimentos e com o comprometimento dos professores e gestores, saímos das últimas colocações e já estamos bem colocados, atingindo metas que o Ministério da Educação apontava que só seriam alcançadas por nós em 2013", frisou Gedeão Amorim.
Prêmio para incentivar
Como forma de incentivar as escolas a perseguirem as metas do Ideb, o Governo do Estado lançou o Prêmio Escola de Valor, por meio do qual a instituição recebe, no final do ano letivo, um cheque de R$ 30 mil, recurso destinado à Associação de Pais e Mestres. Além disso, todos os funcionários da escola pública estadual que alcançar a média 5,2 recebem o 14º salário e as unidades que atingirem a média 5,7 recebem, também, o 15º. Em 2010, educadores de 56 escolas receberam o 14º salário e os de 25 escolas garantiram, além do 14º, o 15º salário.
Ensino integral é a saída
Durante a abertura do ano letivo na semana passada, o governador Omar Aziz disse que a Escola de Tempo Integral é o modelo almejado por ele para a Educação no Estado. O aluno entra de manhã e só sai no final da tarde, com um conteúdo programático diferenciado, com atividades extraclasse, como aulas de dança, de música, natação, teatro, práticas esportivas, prática de laboratório, entre outros. Além de salas de aula, as escolas possuem piscina semiolímpica, refeitório, cozinha, campo de futebol, quadra poliesportiva, academia de musculação e ginástica, laboratório de ciências, laboratório de informática, biblioteca, sala para atendimento odontológico, sala de música, sala de dança, auditório e outros ambientes administrativos.
Há seis unidades no modelo Ceti funcionado na capital. Outras 14 escolas foram adaptadas para oferecerem educação em dois turnos. A proposta do governador Omar é construir 36 Cetis, sendo 20 no interior, e chegar até 2014 com 50 unidades educacionais de tempo integral. Até maio, outros três Cetis entram em funcionamento, dois na capital e um em Parintins. Cerca de 10 mil estudantes estão estudando em dois turnos até o momento.
Além dos Cetis, um outro projeto do Governo do Estado propicia que o aluno passe o dia na escola. É o Jovem Cidadão, que oferece, no contraturno escolar, atividades culturais, esportivas e de qualificação para cerca de 120 mil estudantes na capital e interior. Em 2010, foram inaugurados 11 núcleos multifuncionais do projeto e a meta para ano que vem é construir mais 16 na capital e no interior. Cada núcleo é equipado com quadra poliesportiva, salas climatizadas para a oferta de cursos profissionalizantes, espaço de recreação e salas de informática.

FONTE: http://www.amazonas.am.gov.br

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